Saiba quem foi Ednir Maia, o compositor e criador da Banda Styllus...
“Não sei para onde vou, Nem de onde você vem,
Mas tenho certeza de que qualquer dia desses
nós nos encontraremos num baile com
a Banda Styllus”.(Ednir Maia)
Essa
frase pertencia ao compositor Ednir Maia, e era presente em todos os
encartes de uma banda que já foi considerada uma das melhores do país, a
Banda Styllus.
O site Portal Forrozão pesquisou a vida do
compositor de fundador da banda Styllus, que faleceu precocemente em um
acidente, em 1992, deixando duas heranças para sua família, suas
composições e a banda Styllus.
Ednir é autor de grandes sucessos gravados pela banda Styllus e outros grandes nomes, como Mastruz com Leite.
Conheça agora a história desse eterno artista:
Numa
família de sete filhos, todos Josés, nasceu José Edinir Maia (Codinome
Ednir) no dia 12 de junho de 1964 na comunidade de Sítio do Rocha,
cidade de Tabuleiro do Norte no Ceará. Em 1977 mudou-se para a cidade
vizinha, Limoeiro do Norte.
Aos 15 anos foi morar em São Paulo.
Ao ver uma banda de música tocando numa Praça em São Paulo, aflorou nele
o dom que Deus lhe havia dado, foi o suficiente para ter certeza que o
mundo artístico da música estava na veia, no sangue.
Ficou
encantado com o som que ouviu, e em novembro de 1980, já com 16 anos,
retomou a cidade de Limoeiro do Norte para ingressar na Escola de Música
Maestro José Robles.
Passou a fazer parte da banda de música da
cidade tocando sax-barítono, tornou-se um músico polivalente, tocando
inclusive violão.
Ednir era uma pessoa pacata, tranqüila,
religiosa, serena e amada por todos que o cercava. Quando ia compor,
deítava-se na sua rede, pegava seu violão e passava noites em claro
compondo.
Ednir
via música em tudo, certo dia, depois de ceiar com a família, pegou o
próprio copo e os outros seis de seus irmãos, os encheu de água em
quantidades diferentes e começou a tocar suas músicas batendo nos copos
que davam o som das notas musicais.
Ednír pouco se importava com valores materiais, sua felicidade era estar com os pais, os irmãos e os amigos, cantando e tocando.
O
poeta, cantor e compositor, Ednir, tinha o sonho de montar uma banda.
Junto com seu irmão José Nilson, montou a Banda Ação Musical que não
teve muito êxito. Seu trabalho e sua fé em Deus eram grandes, o mesmo
tinha uma frase que dizia: "Acredite nos sonhos como na sua própria
vida".
Com seu talento para compor, cantar e tocar passou a ser
convidado a animar aniversários, batizados, festas em colégio e outros
eventos artísticos da cidade. Em 1985 recebeu a medalha de cantor
revelação. Em 1988 no Clube BNB recebeu a medalha de artista do ano.
Certo
dia falou para sua mãe que um dia, todos iriam ouvir falar da Banda
Styllus 7. Surpresa a mãe perguntou: "Porquê Styllus 7?". Ele respondeu:
"Porque somos 7 irmãos, 7 Josés e 7 são as notas musicais", e ali
surgia o nome do grupo 'Banda Styllus 7'.
O sonho do poeta Ednir
Maia se concretizou em 02 de julho de 1989, data em que foi fundada a
"Banda Styllus 7", que levou esse nome até o ano 1991, quando a banda
gravou seu primeiro LP "MISTURA" intitulado Ednír e a Banda Styllus (sem
o sete) que permanece até hoje.
O segundo LP foi gravado em
janeiro de 1992, porém dias após a gravação, no dia 23 de março, o
criador da banda, o poeta e cantor Ednir Maia faleceu em um acidente na
BR-116 quando pilotava sua moto.
Ednir se tornou um marco na
música regional cearense, e até hoje recebe homenagens por suas
composições. O Salão de Dança do BNB Clube de Limoeiro do Norte recebeu o
nome do poeta, mas, sua homenagem maior é com certeza a BANDA STYLLUS,
seu sonho vivo.
José Edinir Maia
(*1964/†1992)
FONTE:http://forronaveia2010.blogspot.com.br/2009/04/saiba-quem-foi-ednir-maia-o-compositor.html
OPINIÃO: Um grande poeta e cantor que teve pouco tempo entre nós, mais que, além de criar a Banda Styllus, foi um dos responsáveis por resgatar o forró, que na época estava em baixa. Na década de 90 o rítimo era Rock, lambada e baladas americanas e após os primeiros sucessos da Banda Styllus e Mastruz Com Leite, etc... o forró renasceu. Ednir não o conheci pessoalmente, mais diria muito obrigado por ter sido um dos que resgataram o forró, tradição do nosso povo nordestino.
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